EUA cancelam financiamento para estradas e terra ao Malawi

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Estados Unidos da América (EUA), cancelam o pacto financeiro de 350 milhões de dólares com o Malawi, destinados a construção de estradas e terra segura, inserido no projecto da Millennium Challenge Corporation.

O cancelamento, compromete o cumprimento do programa quinquenal do governo, pois as obras que já estavam em curso no âmbito deste projecto, foram interrompidas.

O corte de financiamento é justificado pelas mudanças abruptas na política dos Estados Unidos da América.

O ministro dos transportes, Jacob Hara, disse ser um grande revés ao governo do Malawi, pois os projectos que estavam em andamento, não estão inclusos no recém-aprovado Orçamento Nacional do Estado de 2025-26.

O oficial de relações públicas na embaixada norte americana no Malawi, Grant Phillipp, atribuiu a medida a uma directiva federal.

Phillip explicou que sob a orientação do Departamento de Eficiência Governamental, foi feita uma recomendação para que a Millennium Challenge Corporation encerrasse todos os programas, incluindo o Pacto de Transporte e Terras do Malawi.

Trata-se de um pacto quinquenal do Malawi, activo desde 6 de Maio de 2024, e visava consertar 287 quilómetros de estradas para reduzir os custos de transporte para os agricultores, modernizar os sistemas de receita da cidade e atrair investimentos agrícolas.

Isto, acontece numa altura em que o Malawi corre riscos de perder outros 175 milhões de dólares do Programa de Facilitadade de Crédito Alargado do FMI com duração de 4 anos.

Desde Maio do ano passado que a primeira revisão ainda não foi concluída, estando o Malawi com apenas 6 meses para salvar o programa.

O país continua com uma disciplina fiscal ilusória, dada as elevadas pressões de gastos e perante a uma ausência de esforços para a arrecadação de receitas e a reconstrução das reservas internacionais.

O representante residente do FMI no Malawi, Nelnan Koumtingue, explicou que o Malawi precisa melhorar o saldo fiscal primário, ajustar a política monetária em vista da evolução da inflação, permitir a flexibilidade gradual nas políticas cambiais para dar suporte a estabilidade macroeconómica aprimorada e acumular reservas estrangeiras, além de restruturar a dívida externa. (RM Blantyre)

Leia original na RM

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