“Uma Palestina para nossa própria história” – Monitor do Oriente Médio


Com uma apresentação mediada pelo Diretor do Meio de Estudos Palestinos, Arlene Clemesha, os pesquisadores Nur Masaha e Ahmad Alzoubi concluíram uma semana intensiva de palestras, debates e lançamentos de livros que levaram diversas audiências a uma profunda exploração das raízes antigas e universais da resistência palestina hoje.

Toda a tecnologia de guerra moderna e o vasto poder econômico que sustentam o massacre sionista do século pretérito falharam em impedir o povo palestino de sua formalidade de retornar à sua pátria destruída e reconstruí -la – exceto através da eliminação de vidas e prisão em tamanho – e mesmo isso não resultou em rendição.

Para entender a profundidade da riqueza existencial que o povo palestino defende tão fortemente, é importante ver a Palestina uma vez que um cristal, moldado por muitas facetas e formas de conhecimento passadas a nós até hoje. Esse cristal demorou tanto tempo para formar que exige que abramos um caminho para o pretérito e, dentro dele, encontramos a própria saga de nossa cultura. É isso que Nur Masaha faz em seus livros, que variam de comprimidos de greda suméria ao domínio sionista da Palestina. Também faz segmento da memória transportada por palestinos pela diáspora latino -americana, uma vez que investigado pelo jornalista Ahmad Alzoubi.

Ambos os estudiosos concluíram uma série de reuniões diárias com diversos públicos – incluindo membros da comunidade, ativistas, jornalistas, estudantes e acadêmicos – em eventos que sempre foram abertos a um número crescente de pessoas interessadas nos temas da resistência palestina.

As palestras e os debates públicos começaram na terça -feira no Espaço e Restaurante Cultural Al Janiah, um sítio que reúne refugiados e ativistas, além de clientes regulares em solidariedade com a Palestina.

Eles continuaram na quarta -feira no sindicato dos jornalistas de São Paulo, com jornalistas e ativistas que vieram ver o sindicato uma vez que um espaço para resistência contra o genocídio e por denunciar os assassinatos de jornalistas que tentam vedar eventos em Gaza.

A semana foi concluída no auditório do Meio Cultural Nipónico, em um evento organizado pelo Meio de Estudos Palestinos (CEPAL), que reuniu estudantes e pesquisadores de áreas uma vez que história, antropologia, ensino e estudos focados na Palestina – passados ​​e presentes.

Na segunda -feira, o Fórum Latim Palestino organizou a primeira reunião entre Nur Masanha e a comunidade palestina de São Paulo, realizada no salão da mesquita do Brasil.

Gaza, núcleo do mundo vetusto e de nossa história

Existem quatro milénio anos de história nesta terreno e tantos anos de produção, reprodução e compartilhamento de conhecimento e cultura. Se considerarmos que o Mediterrâneo já foi o núcleo do mundo vetusto, Gaza era o núcleo do universo – conectando a Europa, África e Ásia por meio de rotas comerciais, a troca de informações, técnicas agrícolas, óleos e vinhos, filosofia, medicina e arte. A Escola de Gaza trouxe ao mundo uma compreensão revolucionária da ensino: zero pode ser aprendido sem a alegria de aprender – alguma coisa que somente grandes educadores uma vez que Paulo Freire viriam para ensinar séculos depois e que ainda não foram aprendidas por aqueles que tentam impor disciplina militar às crianças.

Se a filosofia helênica nos alcançou através de obras preservadas, é importante entender que muitos deles somente sobreviveram graças às traduções árabes em um momento em que a Europa se fechou do conhecimento.

Aquele que abre esse caminho para as profundezas da existência palestina – focando nos registros locais e nas referências feitas à terreno por estrangeiros ao longo dos milênios – é o historiador Nur Masanha. Durante os eventos, foi explicado o teor de cada um de seus três livros publicado no Brasil por editores de memorando, todos os três traduzidos para português por Leo Misleh. O lançamento mais recente, Palestina através dos milênios – uma história de cartas, aprendizagem e revoluções educacionaisé ricamente devotado ao paixão pelo conhecimento da Palestina e sua transmissão. Possui um prefácio dos pesquisadores Muna Odeh e Bárbara Caramurú, que elogiam a pesquisa de longo prazo de Masanha e sua valor em entender o legado e o presente da saga palestina. O livro anterior, Palestina – 4.000 anos de históriainclui um prefácio brasílio de Salem Nasser, que afirma que “se alguém tivesse que escolher, com base em critérios objetivos, uma região geográfica do mundo que pudesse ser vista uma vez que seu núcleo, não haveria zero excessivo ou paradoxal na escolha do Oriente Médio e, especificamente, o Levante”.

O livro que precede esses dois volumes, Expulsão dos palestinos: o concepção de “transferência” no pensamento político sionista, 1882-1948 foi escrito há 30 anos pelo jovem pesquisador e, no entanto, é assustadoramente relevante hoje. Nur é um palestino nascido no setentrião da Galiléia, onde aprendeu judaico e conduziu pesquisas em uma universidade israelense. Foi lá, durante a primeira intifada palestina, que ele decidiu investigar o desenvolvimento do sionismo antes do Nakba de 1948. Esses documentos sionistas revelaram que, a partir do momento em que a Palestina foi escolhida uma vez que a futura pátria judaica, os planos de imigração já incluíam a expulsão dos palestinos – forçando sua transferência para outros países e estabelecendo um estado judeu na terreno. O livro de Nur do pretérito explica a intencionalidade por trás do genocídio que estamos testemunhando hoje.

De expulsão forçada à diáspora latino -americana

A expulsão violenta durante o Nakba de 1948 e o êxodo forçado durante a NAKSA de 1967 trouxeram ondas de palestinos para a América Latina – alguns com a intenção de inferir os Estados Unidos, mas permanecerem cá por ilusão e outros que buscavam o esteio de famílias primitivas que migraram durante o tempo do predomínio todomano. São os descendentes dessa transmigração que Ahmad Alzoubi investigou em sua pesquisa de doutorado na Universidade Metodista de São Paulo.

Seu livro, Diáspora palestina na América Latina – Estudos de Mídia e Identidadecom um prefácio do Diretor Internacional do Monitor do Oriente Médio, Daud Abdullah, explora a preservação da identidade e os laços palestinos entre os filhos e os netos dos palestinos que agora vivem no Brasil, Chile, Argentina, Honduras e El Salvador. Nesses países, Alzoubi observa que muitos pertencem à escol política e econômica e ocupam posições de direita em várias questões, mas com poucas exceções-como presidente da extrema direita de El Salvador, Nayib Bukele-todos permanecem conectados à justificação palestina. Um número significativo ainda mantém canais de esteio e notícia com suas famílias extensas – a geração atual de parentes que permaneceram na Palestina.

Authors Nur Masalha and Ahmad Alzoubi discuss their books published by MEMO publishers in Portuguese, in a session moderated by Professor Arlene Clemesha, director of the Center for Palestinian Studies (CEPAL), which organized the event on May 8, 2025, at the Auditorium of the Japanese Cultural Center, on the main campus of the University of São Paulo (USP), in Cidade Universitária, São Paulo, Brasil. (Salim Hassan Hassan/memorando)

Authors Nur Masalha and Ahmad Alzoubi discuss their books published by MEMO publishers in Portuguese, in a session moderated by Professor Arlene Clemesha, director of the Center for Palestinian Studies (CEPAL), which organized the event on May 8, 2025, at the Auditorium of the Japanese Cultural Center, on the main campus of the University of São Paulo (USP), in Cidade Universitária, São Paulo, Brasil. (Salim Hassan Hassan/memorando)

Em sua pesquisa, Alzoubi se concentra na notícia – em uma vez que os palestinos latino -americanos são informados e se envolvem com a situação atual na Palestina. Infelizmente, ele descobre que isso não acontece através da mídia sítio nos países estudados, pois eles replicam o problema de longa data denunciado pelo Relatório Macbride em 1980-um relatório tão sério que levou à rescisão da própria Percentagem Macbrida: que a mídia concentrou-se nos poderes do hemisfério setentrião, tanto o cenário da mídia quanto a narrativa no sul global. “A premência urgente de quebrar esse monopólio não pode ser exagerada”, adverte Daud Abdullah em seu prefácio.

Mitos e distorções escapando

A verdade procurada pela diáspora na mídia mouro contrasta fortemente com a cobertura principal da Palestina – limitada a eventos isolados, despojados de contexto e minimizando o genocídio em curso. Qualquer esforço para combater essa narrativa através de evidências documentadas é gorado pelos assassinatos direcionados de jornalistas de Israel – o mais mortal da história da guerra – um ponto enfatizado pelo jornalista. Esses casos foram lembrados por Thiago Tanji, presidente da União dos Jornalistas, que liderou um debate com um público experiente na mídia, muitos trabalhando em jornalismo público e mútuo.

Porquê pesquisador de jornalismo humanitário e de sossego (Humanizacom Group/UMESP), Alzoubi argumenta que a mídia pode e deve “desempenhar um papel vital na resguardo dos direitos humanos e da justiça social”, também fez um ponto de Kamal Andrés Cumsille Marzouka, diretor do Meio de Estudos Arábico da Universidade de Chile, em sua introdução à apresentação da Introdução à Antigada.

Nur Masaha alerta que as omissões sobre a Palestina aparecem em várias formas de mídia, contribuindo para extinguir – em mapas, bibliotecas e oração público. Seu livro sobre documentos sionistas que defende a limpeza étnica foi escrito há trinta anos, mas agora está sendo publicado no Brasil, através de uma prensa comprometida com a cobertura do Oriente Médio e a justificação da libertação palestina.

Os livros apresentados e discutidos nesta semana em São Paulo são essenciais para quem procura se libertar das restrições narrativas da grande mídia, viajar pela história palestina – e a da própria humanidade – e reconhecer a resistência palestina ecoando até cá na América Latina.

Mais uma vez, a Palestina se conecta ao resto do mundo, desafiando os próprios princípios das instituições internacionais criadas posteriormente a Segunda Guerra Mundial – as instituições destinadas a tutorar a sossego e proteger as pessoas das ocupações coloniais e do genocídio. Não é somente o nosso pretérito civilizacional compartilhado – alfabetos, matemática e muito mais – mas também o que fazemos agora diante do genocídio que se tornará segmento da história – não somente da Palestina, mas de todos nós.

Brasil: o memorando hospeda trabalhos fundamentais na Palestina

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