Governo malawiano assegura que as obras de construção dos 72 quilómetros de linha férrea, ligando a Vila-Nova-de-fronteira, no distrito de Mutarara em Tete, à Nsanje no Malawi, serão concluídas em Agosto deste ano.
Neste momento as obras estão em 45 por cento de execução, depois do governo do Malawi, ter assegurado mais 71 mil milhões de kwachas, cerca de 2.7 mil milhões de meticais, sobre o projecto, inicialmente estimado em 68,2 mil milhões de kwachas, cerca de dois mil e quinhentos milhões de meticais.
A desvalorização do kwacha e o aumento do âmbito das obras, foram os factores que ditaram o atraso das actividades, o que obrigou o empreiteiro a solicitar por uma adenda.
Trata-se de um projecto acordado entre Moçambique e Malawi, que teve uma implementação completa por lado moçambicano cujo o mesmo não se pode dizer para a contraparte malawiana, que por várias vezes adiou o prazo de entrega das obras.
Trata-se de um projecto dentre vários outros em execução entre Moçambique e Malawi, que estão no centro de debate da décima quarta sessão da comissão permanente conjunta, entre os dois países que está a ter lugar na cidade de Lilongwe.
Falando à RM, o director para África e Oriente Médio, no Ministério dos Negócios Estrangeiros de Moçambique, Hermenegildo Caetano, disse esperar que desta reunião de Lilongwe, sejam acordados instrumentos que colocarão em prática alguns projectos de iniciativa comum que ainda estão atrasados.
Com o projecto, o Malawi pretende voltar a ligar a linha ferroviária até ao Porto da Beira, por ser a via mais barata e rápida no transporte de carga, em detrimento da rodovia.
Aliás, Lilongwe quer transferir 50% da carga da estrada para a ferrovia, o que poderá levar o país a poupar 41 milhões de dólares. (RM Blantyre)