Ministro da Educação diz que Universidade do Porto tem de tirar consequências após polémica

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O aviso foi deixado por Fernando Alexandre num telefonema ao reitor António Sousa Pereira. Em culpa está o caso dos alunos a quem foi dito que haviam entrado no curso de Medicina, apesar de não terem nota suficiente. O reitor falou em “pressões” para produzir novas vagas e o ministro acusou-o de mentir.

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O ministro da Ensino defende que a Universidade do Porto deve tirar consequências perante a exclusão de 30 alunos que não tinham nota mínima para entrar no curso de Medicina. Fernando Alexandre garante que o caso está encerrado, porque não há base permitido para comportar estes estudantes e diz estar surpreendido com o momento em que a polémica surgiu.  

Seria o primeiro frente a frente, depois de ter rebentado a polémica sobre os 30 candidatos ao curso de Medicina que foram excluídos por não terem nota mínima na prova de acesso, mas o reitor da Universidade do Porto faltou à chamada. Unicamente o ministro da Ensino esteve na inauguração da novidade residência universitária do Porto. E colocou uma pedra sob o objecto.  

“Com a base permitido que nós temos, não há zero a fazer”, declarou.  

“O problema cá precípuo é que a resposta foi da Universidade do Porto. O sr. Reitor não pode expor que a resposta foi da Faculdade de Medicina – a Faculdade de Medicina é da Universidade do Porto. Portanto, é um problema da Universidade do Porto. A Universidade do Porto é que tem de o resolver. Para o Ministério, o objecto está completamente encerrado”, sublinhou o ministro. 

Os alunos foram informados pela Faculdade de Medicina de que tinham sido colocados, mas a lista não foi homologada pela reitoria e acabaram excluídos. 

“Tem de possuir consequências”

O ministro da Ensino afirma que objecto ficou encerrado a 21 de agosto. Estranha que a polémica tenha rebentado agora. Tudo terá ficado esclarecido nascente domingo, depois de um telefonema com o reitor da Universidade do Porto. Fernando Alexandre espera agora que se apurem responsabilidades. 

Eu disse ao sr. reitor, no telefonema que lhe fiz, que ele tinha de tirar consequências dentro da instituição face ao que aconteceu. Porque, se houve uma irregularidade do ponto de vista do funcionamento da instituição, que comunicou indevidamente, tem de possuir consequências”, notou o governante. 

Fernando Alexandre chegou a acusar o reitor de ter mentido. Em culpa estavam as alegadas pressões que António Sousa Pereira diz ter sofrido por segmento de pessoas influentes e com chegada ao poder para comportar a ingresso de candidatos a um curso de Medicina sem que os alunos tivessem a classificação mínima na prova. 

“Esta situação – que, essencialmente, prejudicou a Universidade do Porto – não prejudicará, de forma alguma, (…) as relações institucionais”, garantiu, apesar de tudo, o ministro.  

Fernando Alexandre respondeu ainda ao secretário-geral do PS, que considerou um disparate uma eventual demissão de reitor. “O que estas declarações revelam é somente um mal-estar do PS com esta situação, mais zero.” 

O caso tem gerado várias reações e os partidos já pediram a audição urgente no Parlamento do ministro da Educação e do reitor da Universidade do Porto.

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